Lembro-me da minha infância, do meu primeiro videogame. O sorriso de felicidade em meu rosto, alegria de criança inocente. Realmente, um Super Nintendo já era bem ultrapassado na época do Playstation 2, porém pouco me importava.
Juntamente com o console, vinha algumas fitas, incluindo de um jogo de plataforma: “Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest”. Então, neste dia, eu conheci a trilha sonora que mudaria minha visão sobre o que era uma música perfeita.
Todavia, permitam-me começar da melhor forma possível. Donkey Kong Country é uma trilogia de jogos lançada para o console do Super Nintendo. Esse projeto com pré renderizações em 3D e uma impecável sonoridade foi um tremendo sucesso nos anos noventa.
Todavia, se tratando de trilha sonora, o segundo tem, na minha opinião, a melhor do mundo dos games. As músicas de toda a trilogia são fenomenais, só que a do segundo jogo, composta por David Wise, é a mais aclamada pelos fãs.
Seu tema pirata te entrega em um literal mar de aventuras pela Crocodile Island. Aventura está que já é entregue ao jogador pela música “Welcome Crocodile Island”, logo na seleção de fases. O sentimento de curiosidade e medo pelo que está lhe aguardando são entregues com batidas pesadas e uma melodia quase fantasmagórica.
O mundo de Crocodile Island tem mais diversos biomas, incluindo uma colmeia gigante, um pântano e uma floresta mal-assombrada. A música tem características de sons ambientes, tornando tudo ainda mais imersivo.
Com certeza muitas pessoas já se arrepiaram com “Forest Interlude”, se empolgaram com “Boss Bossa Nova”, sentiram apreensão com “Lost World Anthem” e com a riqueza de “Mining Melancholy” (que se passa em uma mina e as batidas da música são picaretas minerando) . Porém, o ápice das trilhas sonoras dos games está com “Stickerbrush Symphony”.
A música que lhe guia pelas fases espinhentas de grande altitude. A calmaria da natureza, a tranquilidade do vento que lhe cerca e a emoção de ser uma criatura livre. Esta música te teleporta para o céu, bem onde a fase se passa. Um fato curiosidade é que esta música quase não entrou no jogo e acabou se tornando a mais famosa.
Claro que não para por aí, logo a melodia vai ficando cada vez mais pesada e misteriosa, como em “Krook's March”, onde você sente o peso da aventura em suas costas, com a dificuldade das fases de masmorra e o peso das batidas da trilha sonora. O final do jogo se aproxima.
Depois de ser enganado com “Stronghold Showdown” de fundo, finalmente iremos nos encontrar face a face com nosso maior inimigo, Captain K.Rool. E, obviamente, como uma trilha sonora a altura. “Crocodile Cacophony” nos recepciona com um clima de “agora ou nunca”, nos dando a adrenalina que precisamos para derrotar nosso tão temido inimigo.
A música que, por pouco, não se junta com os nossos batimentos cardíacos eleva a gameplay ao seu máximo (chegava até mesmo a transpirar a mão no pequeno controle de Super Nintendo.). E, quando, finalmente você o derrota, é presenteado com a belíssima música tema dos créditos finais.
Com lágrimas nos olhos, você sente que seu dever está cumprido, porém você sabe que vai voltar novamente para os braços daquele jogo e, principalmente, para aquela música. Aquela música que tem acolheu de te guiou por aquela ilha cheia de inimigos e e biomas completamente caóticos.
No fim de tudo você consegue compreender a importância da música em todos os lugares, inclusive nos jogos. Foi assim que eu aprendi a admirar tanto a música quanto seu compositor, com Donkey Kong Country 2. Afinal, nada seria como é se não fosse a trilha sonora para acompanhar a arte dos jogos.
Ela é colunista!
Ótimas lembranças! Conseguiu trazer de volta as lembranças desse belissimo jogo. Nos mostram o quanto fomos felizes, com Super Nitendo, com Donkey Kong, e as trilhas sonoras realmente traziam emoções ate hoje. Parabens pelo texto, e por trazer de volta estas boas lembranças.
Esse eu joguei muito na infância, mt bom