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Devaneios sobre as simbologias nos filmes de terror

Mateus de Morais









Histórias, no geral, são marcadas por simbologias. Quando falamos de narrativas de terror estes símbolos são importantes para compor a atmosfera da história que está sendo contada. Neste texto iremos conversar um pouco sobre alguns desses símbolos, pelo menos os mais comuns, e o que eles transmitem seja na literatura, no cinema ou nas outras formas de produzir arte que eles transitam.


A lua cheia, por exemplo, além de estar associada à transformação, lembremos aqui da figura do lobisomem, ela também contribui com o clima de mistério e do desconhecido.

Espelhos são geralmente utilizados para representar a dualidade, uma verdade oculta, além de terem sido explorados por muito tempo como portais para outro mundo/realidade. Fica a dica do filme Espelhos do Medo (2008) dirigido por Alexandre Aja.


Corvos e corujas geralmente estão associados à morte, mau presságio e ao sobrenatural, por isso é tão comum nos filmes de terror que estas aves estejam rondando nas cenas. Destaque para o filme Os Pássaros (1963), de Alfred Hitchcock.


Casas abandonadas e outros edifícios são usados como recurso para segredos do passado, assombrações e nos melhores casos, para a deterioração da mente humana, tendo o isolamento como ferramenta para a paranoia. Um dos melhores exemplos é O Iluminado (1977), livro de Stephen King que conta com uma adaptação homônima de Stanley Kubrick.


Bonecas e outros brinquedos infantis estão associados ao desconforto e ao medo infantil, a ideia de infância corrompida, pouca coisa causa mais mal-estar nas pessoas do que violência contra os pequenos. Muitos filmes do gênero já tornaram icônicos a figura desses brinquedos, destaque para Annabelle (2014) e Chuck, do filme O Brinquedo Assassino (1988).


Por fim, talvez seja interessante falarmos sobre o próprio sangue que banha nossos personagens, literalmente, ao lembrarmos de Evil Dead (2013), por exemplo. O sangue claramente traz a vida e a morte, o sacrifício e o horror graficamente visceral.


Para finalizar, (dessa vez de verdade, juro) queria apenas destacar três arquétipos dessas narrativas, que não são nada mais do que símbolos recorrentes nas histórias. O monstro, representando os aspectos reprimidos do subconsciente e os medos primordiais do homem. O herói relutante, simbolizando nas narrativas a luta contra o mal e a jornada de autodescoberta do personagem. O vilão carismático, trazendo o perigo e o fascínio pelo mal. 


É claro que estes são apenas alguns exemplos da vasta gama de símbolos presentes no gênero, além disso uma vez que o terror está sempre se reinventando, e que os medos da humanidade também sofrem modificações, novos símbolos podem emergir. Todos estes símbolos ajudam a evocar e construir o medo nas narrativas de terror e vale a pena você ficar atento para como eles são utilizados em suas obras favoritas ou nas próximas que consumir.


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1 comentario


Interessante e elucidativo, conseguiu identificar os símbolos mais comuns e expo-los de forma simples, direta, mas não rasa. Vlw, Matheus!

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