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Foto do escritorClaudio Marcos

Himmel, o herói: Memórias são importantes












Quando falamos de um herói, especialmente de alguém que salvou o mundo, geralmente lembramos de suas glórias, batalhas e dificuldades. Com Himmel, o herói, não é diferente, ao menos quando o povo se lembra dele. Porém, quando seus companheiros o recordam, é um pouco diferente.


"Frieren: A Jornada para o Além" conta a história de uma elfa chamada Frieren e sua busca por compreender os humanos após ver seu amigo Himmel falecer de velhice. Essa busca nasce após a morte de Himmel, uma vez que, por ser uma elfa, Frieren vive muitos e muitos anos. Portanto, os 20 anos que passou ao lado de seu amigo, de certa forma, não significaram muito para ela em termos de tempo, já que tem mais de mil anos de idade.


Mas o foco deste texto é Himmel e como sua figura é apresentada de forma magnífica no anime. Ele é lembrado como o herói que derrotou o Rei Demônio e salvou o mundo, sendo extremamente forte, gentil, altruísta e bonito. No entanto, quando vemos como seus companheiros se lembram dele, tudo se torna ainda mais especial.


Himmel, o herói e Frieren
Himmel, o herói e Frieren (Imagem/Reprodução: Crunchyroll)

Em uma conversa com seu grupo, seus amigos lembram de quando ele foi mal-educado com um rei e quase foi condenado à morte. Frieren recorda como Himmel amava a própria aparência e irritava os artistas que queriam esculpir estátuas suas, pois, para ele, nenhuma pose capturava toda sua beleza. Acho muito sutil o anime expor essas memórias logo no primeiro episódio, pois já nos faz ver Himmel como um rapaz brincalhão, orgulhoso de sua aparência, idiota e engraçado, apesar de ser o homem que derrotou o maior demônio que existiu.


Mais adiante, já no segundo episódio, após a morte de Himmel, um de seus companheiros, Heiter, o padre, é mostrado cuidando e criando uma criança. Quando Frieren o encontra, ela pergunta o porquê disso, por que ele, que nunca havia sido verdadeiramente altruísta, estava cuidando daquela criança. Heiter então responde: "É o que Himmel, o herói, faria" e mostra uma lembrança de Himmel acolhendo duas crianças machucadas na rua. Perceba que Heiter se inspirou nessa imagem, não quando Himmel demonstrou grande força contra inimigos e monstros, mas sim quando ele acolheu e foi gentil.


Essas memórias, que à primeira vista parecem simples e banais, são as que ficaram. Himmel era brincalhão, acolhedor, gentil, e tudo isso o fez ser o herói que foi, o maior herói que já existiu.


Ajudar uma criança é um gesto tão heroico quanto salvar uma vila de um monstro. Essa é a mensagem: o que fazia de Himmel um herói era seu coração e suas ações, mesmo quando ninguém estava vendo, ou quando suas ações não salvavam o mundo, mas salvavam o dia de alguém.

São essas memórias que mantêm vivos aqueles que se foram, memórias desses dias simples que são, sim, tão importantes quanto os dias vitoriosos e únicos. Afinal, o que compõe o pódio é também o caminho até ele.


Himmel, o herói, é um exemplo de ser humano, não por ter salvado o mundo, mas por ter criado tantas memórias em tantas pessoas – e, acima de tudo, boas memórias. Ele criou lembranças que confortam, que nos fazem lembrar por que ele era tão especial, memórias que motivam e inspiram os vivos a serem melhores. Inspirar alguém a ser melhor também é ser um herói.

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