Para quem já se interessou por ficção especulativa e foi atrás, pelo menos um pouquinho, naquele impulso sedento típico de quem se sente atraído por obras de ficção, já está careca de saber que o terror é um dos três pilares da ficção especulativa, junto com a fantasia e a ficção científica.
As representações na própria ficção científica e na fantasia acabam sendo carregadas de símbolos sólidos e bastante identificáveis. Quem aí não reconhece fácil o caminho de um herói, ou que contemporâneo do nosso século XXI não saberia identificar sem problemas as questões da inteligência artificial em Asimov? O terror, por sua vez, tem maior liquidez no que tange à suas simbologias. Claro, temas como “culpa cristã” já foram bem solidificados na última década por filmes como Sexta-feira 13 e O Exorcista. Entretanto, é notável que o gênero ainda busca por suas torres de marfim.
No artigo Algum papel social para o horror, defendi que o gênero, principalmente no domínio do audiovisual, galga seu lugar ao sol, sem rodeios, para ser levado mais à sério. Usei a premiação do Oscar como referência, por seu histórico de “esnobar” produções identificadas como terror, mesmo as que carregam meros elementos.
Nesse caso, é claro que temos muito mais caminho para pavimentar do que respostas prontas.
Exatamente por esta demanda, venho anunciar a chegada de novos colunistas!
Ainda vou fazer mistério com relação a suas identidades, então peço que fiquem de olho nas colunas das próximas semanas para novidades e, é claro, conhecer os novos escritores e dar-lhes as boas-vindas (nas colunas tanto de fantasia quanto terror). Esperem, portanto, por uma variedade maior de temas, perspectivas, conhecimentos e abordagens. Variedade é a palavra de ordem aqui na Especular.
Portanto, espero vê-los aqui mesmo na semana que vem, para prestigiar os novos escritores.
Novos terrores os aguardam!
Matheus Maciel,
Editor.
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