top of page
Foto do escritorClaudio Marcos

Resident Evil 4 Remake: o terror é desesperador

Claudio marcos é historiador e estudante de filosofia, apaixonado por jogos desde criança












Quando se fala de "Resident Evil", fala-se de uma das maiores franquias já feitas nos jogos, sendo um marco no mundo dos jogos de terror.


Seus primeiros jogos, com aquela câmera estática vista de cima e passando-se em lugares pequenos como casas ou mansões, faziam o terror aterrorizar qualquer um. Mas conforme a franquia foi ganhando mais jogos, muitas coisas mudaram e muitas críticas vieram, principalmente em casos como "Resident Evil 5" e "Resident Evil 6", jogos mais focados em ação do que no terror e no medo em si. Mas falarei hoje aqui do equilíbrio perfeito da franquia, talvez do auge da Capcom com "Resident Evil".


O remake de seu quarto jogo provou que a franquia não perdeu seu brilho e que aprendeu com seus erros. O começo de RE 4 Remake é simplesmente um brilho para os olhos, desde sua ambientação até seus mínimos detalhes. Leon, o protagonista, está bem mais definido aqui, sendo alguém já experiente mas que carrega traumas e medos. Ele corre, mas às vezes demonstra cansaço; demonstra dores no corpo conforme você joga; expõe pensamentos conforme chegamos em áreas específicas no jogo. Leon é humano e, por isso, ele se desespera junto de nós, mesmo sendo um homem treinado.


O começo do jogo se passa numa vila, e aqui não são mais infectados como se fossem zumbis convencionais, são pessoas que receberam um vírus chamado "Plaga", vindo de um inseto que vive em um minério nesta ilha. Os infectados falam, sentem dor, agem como humanos utilizando armas brancas e golpes, e essa forma de representar esses inimigos não como zumbis comuns sempre tornou "Resident Evil" distinto dentro das mídias de terror que abordam esse tema.


Este começo não só é muito humano quando olhamos para tudo que ele se propõe como também é desesperador; o terror aqui nos desespera, não temos tanta munição, o lugar é pequeno comparado ao tanto de inimigos e só precisamos sobreviver, mas conforme mais inimigos chegam e nos cercam, mais aterrorizante fica, não por ter um jumpscare na tela ou um lugar fechado que em algum momento pode aparecer alguém, mas justamente por estarmos vendo tudo e estarmos cercados em plena luz do dia naquela vila. Sua trilha sonora e gameplay colocam o jogador na pele do Leon; o terror faz parte da ação agora, o medo é ser pego e dizimado por todos aqueles infectados que são macabros mesmo sendo humanos.


"Resident Evil 4 Remake" se mostra como uma obra-prima dentro da franquia, pois mostra um acerto depois de alguns erros gigantes, é um diamante em seu estado mais puro. Remakes muitas vezes parecem ser coisas sem alma, sem brilho, por só apelarem na nostalgia de quem consumiu o produto original, mas há ótimos remakes que não só apelam para a nostalgia, mas criam algo novo para quem nunca consumiu, criam algo único utilizando o potencial atual que possuem, e Resident Evil 4 é um desses produtos únicos.


Que venham mais desses com outras franquias como "God Of War", "Devil May Cry", que são clássicos e com certeza cairiam no gosto do público atual ao serem refeitos com a tecnologia de hoje em dia, sendo ótimos para as empresas e para o público que terá a chance de experimentar obras tão icônicas.



110 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentaris


bottom of page