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Sonic 3: a melhor adaptação de jogos para o cinema

Foto do escritor: Claudio MarcosClaudio Marcos
Carlos Marcos












Em 2024, tivemos o terceiro lançamento da franquia Sonic nos cinemas e, com certeza, o melhor filme da trilogia. É, sem dúvida, o significado de obra-prima no que diz respeito a adaptações de jogos, assunto que sempre foi muito discutido. Adaptações como Resident Evil, Silent Hill e até mesmo Mortal Kombat sempre foram criticadas e, muitas vezes, não respeitavam o material original, querendo apenas criar um produto bom para Hollywood e não algo bom para os fãs dessas franquias, que desejavam consumir um material diferente fora dos videogames.


Um filme que explora não só o universo dos jogos do ouriço, baseando-se muito em Sonic Adventure 2, mas também respeita o lugar que se estabeleceu nesses últimos anos, utilizando os recursos daquele universo cinematográfico, como os personagens humanos e o próprio mundo em que os filmes se passam.


Acredito que esse seja o maior respiro e o renascimento de Sonic na cultura pop, já que, em 2006, foi lançado o jogo Sonic the Hedgehog (2006), considerado o maior fracasso da franquia. Após esse lançamento, o ouriço azul não foi agraciado com tantos projetos bons nem foi mais tão abraçado pelo público. Contudo, seus filmes e os últimos jogos, como Sonic Frontiers e Sonic x Shadow Generations, trouxeram o ar necessário — um ar de renascimento.


Isso é ainda mais significativo considerando que a franquia, que antes disputava com Mario e a Nintendo, acabou sendo sucateada e tendo seu potencial subestimado por todos que a consumiam ao redor do mundo. Muitos acreditavam que Sonic vivia apenas de nostalgia e boas memórias, como se não pudesse mais existir nos tempos atuais, mas seus últimos projetos provaram o contrário, e isso é incrível.


O filme 3 traz tantas referências que é até difícil colocar todas aqui, mas a trilha sonora, que conta com Live and Learn, música original de Sonic Adventure 2, e elementos como Shadow andando de moto e utilizando uma arma de fogo, como no jogo Shadow the Hedgehog, além do doutor Gerald Robotnik, introduzido em Sonic Adventure 2, são destaques. Todas essas referências foram feitas com carinho e disposição para agradar os fãs antigos e também aqueles que estão se tornando fãs agora. É um grande abraço coletivo feito pela Paramount, produtora do filme, e pela SEGA, dona do Sonic e de sua marca.


Novamente, o filme cria expectativas para os próximos lançamentos por meio de suas cenas pós-créditos. Uma delas mostra como o Sonic do cinema está, aos poucos, se tornando o Sonic que conhecemos nos jogos, além de introduzir novos personagens. Isso reforça como a Paramount quer criar um universo rico e próprio, repleto de cor e vida — vida presente em cada personagem com suas personalidades únicas, como Knuckles, Tails, Shadow e o próprio Sonic.


O desenvolvimento do protagonista é belíssimo: um personagem que, antes, era tão ingênuo e desastrado, agora passa por um arco de culpa, raiva e busca por vingança, mas que, no fim, mantém seu bom coração. Ele se assemelha muito ao Homem-Aranha e traz temas parecidos.

Com certeza, Sonic 3 é o maior acerto em adaptação de jogos no cinema, estando lado a lado de Arcane quando o quesito é usar a história de um jogo e, ainda assim, criar algo muito original para a tela. Sonic 3 é uma obra-prima e, se você tiver a oportunidade de acompanhar esses filmes, não perca. Divirta-se, pois essa é a proposta desse personagem tão icônico: diversão.

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