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Sonic Frontiers e reinventar franquias

Claudio Marcos












Aqui na Especular, na coluna de cultura pop, escrevi sobre o porquê de Sonic ser tão legal e tão amado no mundo dos videogames (você pode ler o texto aqui). Ele é um personagem carismático em um mundo vívido e vasto. No entanto, conforme o tempo passa, não se pode manter na mesma fórmula de correr em um mundo 2D e pular para vencer os inimigos.


Portanto, a franquia buscou mudar seus conceitos, com jogos como Sonic Unleashed (2008), Sonic The Hedgehog (2006) e Sonic Generations (2011). Os dois primeiros não foram tão bem recebidos pelo público, enquanto o último foi muito aclamado pelos fãs antigos da franquia. No entanto, todos tinham algo em comum, sendo que correr era a forma principal de vencer. Afinal, o Sonic é rápido. Parecia que a fórmula estava se esgotando ou que, ao menos, não sabiam mais como a renovar, mesmo sendo simples. Então, como mudar isso? Como conquistar novos fãs e também manter os antigos interessados?


Nasceu, então, Sonic Frontiers, um jogo do Sonic em mundo aberto e focado em combate. Dessa vez, com socos e chutes, Sonic consegue dar combos ao socar, chutar e avançar nos inimigos daquele mundo. Conforme avançamos na história e exploramos o mundo, ganhamos pontos de XP que podem ser usados para comprar novas habilidades, todas focadas em combate puro.

Essa reinvenção trouxe um alívio para os fãs do Sonic e para a franquia, sendo um jogo muito aclamado e com ótimas críticas. O mundo aberto tem alguns problemas, pelo menos para mim, já que não é tão bem trabalhado em sua composição. É vasto, mas tem poucas coisas nele, exceto os inimigos, que se repetem muitas vezes e não são muito elaborados. No entanto, sempre me diverti quando era para lutar contra eles. Particularmente, que mais gostei foi o sistema de combate, e como é possível melhorá-lo usando os pontos de habilidade, podendo criar combos maiores e mais interessantes com o Sonic.


A história em si também é muito interessante. Sonic é levado para aquele mundo junto de seus amigos e precisa vencer os inimigos e coletar as Esmeraldas do Caos para poder sair de lá. Durante essa busca de fuga, interagimos com outros personagens, com destaque, em minha opinião, para a Amy. Ela possui diálogos muito bonitos com o Sonic, aprofundando a personagem naquele universo e também aprofundando o próprio Sonic, mostrando que ele é altruísta e quer fazer o certo, sendo claramente um herói em sua forma mais pura.


A reinvenção dessas franquias é muito necessária e também traz liberdade para os artistas e programadores que trabalham nelas. Assim como em God of War (2018), que mudou todo o sistema de combate e trouxe uma nova abordagem narrativa para o protagonista, Kratos.


Eu já escrevi sobre God of War também, e você pode ler aqui


Há um problema ao trabalhar com essas franquias tão grandes e personagens tão icônicos, que é o fato de que o novo nem sempre será bem-vindo e a nostalgia pode influenciar essas visões. No entanto, é sempre maravilhoso e admirável quando estão dispostos a mudar e fazer algo novo e único para coisas tão especiais.


Sonic Frontiers claramente tem seus defeitos, mas eles foram ofuscados por tantas características incríveis que acrescentaram e criaram naquele mundo com esse personagem, que eu particularmente amo tanto e tenho muito carinho. Se tornou meu jogo favorito do ouriço azul, e o de muitas pessoas também. Provavelmente, a Sega e outras desenvolvedoras de jogos estão aprendendo com seus erros e acertos nessas reinvenções e trarão coisas ainda mais especiais no futuro.

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