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Foto do escritorMatheus Maciel

Uma breve introdução ao Horror Cósmico

Matheus Maciel










A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido. - H.P. Lovecraft

Olá a todos, como têm passado?


Não é novidade para ninguém que nós da Revista Especular abrimos, há algumas semanas atrás, uma chamada pública para nossa primeira antologia de contos. O gênero selecionado foi o horror, mais especificamente o Horror Cósmico


Para dar uma ajudinha aos vindouros escritores, e principalmente, para aqueles que têm dúvidas e inseguranças em relação ao gênero, trago na coluna de hoje um breve guia sobre o tão discutido subgênero.


O que é o horror cósmico?


Para explicar bem a diferença do horror cósmico para as outras categorias e subdivisões do gênero, eu chamo atenção para o fator principal que o distingue: a inefabilidade da existência humana perante o cosmos. De um jeito menos complicado, é a compreensão do do ser humano pelo ser humano em relação ao seu tamanho diminuto frente ao horror. O horror, neste caso, não é um monstro bruto escondido no armário, nem um morto-vivo sedutor e podre de rico, mas o horror é o fato. Isso quer dizer que o ato de desvelar a verdade como clímax da história é o bilhete de ouro das histórias de horror cósmico. Não se trata de vencer o monstro nem de fugir dele, mas de compreender que o “monstro” é inescapável. O triunfo de uma boa história de horror cósmico, portanto, é a revelação.



Quando surgiu o horror cósmico?


Como muitas coisas na História, o subgênero não teve uma fundação precisa e declarada em uma data. O consenso, porém, é que ele tenha sido impulsionado e cristalizado na obra do escritor estadunidense Howard-Phillips Lovecraft (1890 - 1937) em contos clássicos como O chamado de Cthulhu (1926) e A sombra de Innsmouth (1931). Temas do horror cósmico, entretanto, podem ser encontrados em autores como Robert W. Chambers (1865 - 1933) em seu ciclo do Rei de Amarelo e nos contos de Algernon Blackwood (1896 - 1951).



O horror cósmico na atualidade


Com as mídias atuais, o horror cósmico encontrou mais espaço infiltrando-se nos temas de algumas obras do que tendo todo o palco só para si. Claro, existem obras que valem-se do horror cósmico para contar suas histórias, como famigerado (e precocemente cancelado) Lovecraft Country (2020), que aborda o horror cósmico para denunciar o racismo nos Estados Unidos, e também o prestigiado filme O Farol (2019), que temos uma resenha completa aqui na revista.


Recomendo a leitura da resenha do Cleiton Lopes,


Infiltrar o horror cósmico, no entanto, é uma estratégia interessante, pois torna-se um elemento de mistério bastante intrigante , que pega o espectador de surpresa. Em Game of Thrones (2011 - 2019), por exemplo, temos o “Deus afogado”, das ilhas de Pyke. embora o seriado seja uma ficção fantástica sobre jogo político, magia e dragões, é intrigante saber que bem escondido, alguém cultua uma estranha entidade marinha que opera milagres. Na série de jogos Fallout, existem os “Filhos do átomo” (Children of the atom), uma seita religiosa que cultua os mistérios da radiação e contempla a vastidão do cosmo.



Para conhecer


Aqui deixo algumas referências de obras com o tema do horror cósmico:


LEITURAS

  1. Qualquer compilação de contos do H.P. Lovecraft;

  2. O horror sobrenatural na literatura, por H.P. Lovecraft;

  3. O Rei de Amarelo, por Robert W. Chambers;

  4. Os Salgueiros, por Algernon Blackwood;

  5. Criaturas em branco, por Larissa Prado;

  6. A Balada do Black Tom, por Victor LaValle;

  7. Uzumaki, por Junji Ito.

FILMES

SÉRIES

GAMES

VÍDEO


Nossa antologia de horror cósmico vai até 20 de agosto, então corra para enviar seu conto. Boa sorte a todos e nos vemos em breve!


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